sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Que BBB você quer?

A coisa está feia para nós, amantes de um bom reality. Especialmente, para os amantes de um bom jogo.



O BBB entrou na segunda semana e, enquanto isso, o que a gente tem? Sol, piscina, alegria, amizades eternas e, tenho certeza, seu favorito, por algum motivo, se encontra nesse grupo.

Em outro front, tem uma galera que se preocupa com quem vai ganhar a liderança, que pensa em número de votos, que fala de quem não gosta. E, estou absolutamente certa, você odeia esse povo todo.

Lendo o twitter, e fico bastante lá (pelo menos em época de BBB), eu me sinto nadando completamente contra a corrente. Mais, eu vejo uma necessidade danada de achar alguém que vale a pena em um grupinho bem insosso. As torcidas estão se formando por conta de uma anti-torcida. A Tipolândia, por exemplo, desde que se formou, já foi taxada de grupo do mal, Mayara e Vivian já ganharam apelidos, mas se não fossem elas com os gêmeos (e as gêmeas também, por que não?), o que teria sido a primeira semana?

Marcos não reagiu ao ser chamado de tarado ao vivo, em rede nacional, e ainda foi se desculpar. Gabriela Flor deu, sim, motivos para as pessoas não gostarem dela. Claro que a Tipolândia pegou pesado em alguns momentos e devem sim ser criticados por isso, só que além disso, eles produziram conteúdo. E esses dois citados foram os que o público comprou de cara porque foram alvos de quem fez alguma coisa na primeira semana. O Marcos, foco do primeiro paredão, virou grande jogador quando não fez muita coisa além de dizer que a justificativa das líderes para emparedá-lo foi injusta e que a Roberta e o Luiz Felipe são falsos. O público aqui fora espelha perfeitamente essa maneira de pensar: A raiva começou com Mayara e Vivian e, quem mais se juntar a elas, está sendo rotulado de "falso", "puxa saco" ou "manipulável". Basta ver a Elis, que era a heroína um tempo atrás quando Mayara e Vivian falaram mal dela, virou a rainha do jogo porque tentou combinar do quarto preto não se votar, e agora é uma decepção porque está se dando bem com as duas.

Nós temos a nossa própria receita de realities. Só funcionamos com um grupo bom e um grupo ruim. Mayara e Vivian foram extremamente infelizes na virulência de algumas coisas que disseram, mas tentar montar paredão e se proteger não as faz ruins de forma alguma, muito menos os outros que são amigos dela e se atrevem a jogar descaradamente (sério, nem acredito que no BBB17 ainda tenho que defender esse tipo de atitude dentro de um reality). E, quanto a fofocar... Bom, estão todos trancados em uma casa sem televisão, certo? Certeza que eu fofocaria dia e noite. Se a gente que tem TV, internet, vida acontecendo, fala deles (bem ou mal), por que eles, que não têm nada disso lá, não podem fazer o mesmo? Roberta e suas implicâncias são perfeitamente normais em um programa de convivência. Emilly achando que os outros bróders estão formando um grupo que alicia outros participantes contra elas é uma paranoia natural em um programa onde eles não sabem o que está se passando no resto da casa. E, sinceramente, é difícil acreditar que os outros são tão parados, né? Tudo isso são coisas que fazem o jogo andar e o programa acontecer. Que movimentam.

Parece que o BBB é um jogo que não se pode jogar. É um programa de entretenimento que não pode ter conteúdo de entretenimento. O que mais parece é que, se a Maria Eugênia fosse uma participante hoje em dia, o prêmio seria dela. Mayara e Vivian foram agressivas demais e instantaneamente rotuladas como "do mal", contaminando quem quer que se aproxime. E, do outro lado, um grupo que diz coisas como "Não me interessaria ganhar a liderança porque não quero que meu voto seja definitivo" e o público tentando desesperadamente tirar dali um super herói.

Gostem ou não, são os "vilões" os verdadeiros protagonistas do BBB17 e, se continuarmos taxando como decepção todos aqueles que se atirarem de cabeça no jogo, acabaremos com um campeão aleatório e esquecível.

-Escrito com a ajuda do @paypervitu e do @tthif



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